Produção Recente do PPGAS ▹ Livros e dossiês
Wagner Xavier de Camargo lançou pela EDUFSCar o livro “Leituras de gênero e sexualidade nos esportes”, que se propõe a olhar o campo esportivo, ampliando-o nos entendimentos sobre corpos, gêneros e sexualidades para além da lógica binária que opõe masculino versus feminino, homem versus mulher. Ele enfoca concepções de gênero em suas múltiplas dimensões, que se apresentam recorrentemente nos espaços do esporte. Além disso, traz casos de pessoas LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas transgênero e intersexo, queer, assexuais e demais), famosas ou não, que têm lutado dentro de tais espaços discriminatórios de práticas corporais.
Veja notícia sobre o lançamento no Portal da UFSCar.
O livro está disponível pelo site da EDUFSCar.

Foi publicado o dossiê “Conversas com Audre Lorde” na Revista Florestan Fernandes (UFSCar), organizado pelas pós-graduandas do PPGAS/UFSCar Cecília Campos e Adla Viana, com contribuições de Izabel Accioly, Tamires Cristina dos Santos e Tainá Souza Santos. O dossiê se propõe a colocar em diálogo o pensamento de Audre Lorde, em especial o texto “Os usos da raiva: as mulheres reagem ao racismo” (Lorde, 2019 [1984]), com reflexões e experiências de jovens graduandas da UFSCar. Confira aqui.
Imagem da capa: Gabriela de Jesus.
Os antropólogos Jorge Mattar Villela, docente do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) da UFSCar, e Suzane de Alencar Vieira, docente do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiânia (UFG), lançaram, em formato e-book de livre acesso, a coletânea intitulada “Insurgências, ecologias dissidentes e antropologia modal”, publicada pela Editora da UFG. A obra apresenta, por meio de relatos etnográficos, algumas possibilidades de modos de vida alternativos aos existentes na atualidade, para tentar contornar intervenções sociais e ambientais que foram realizadas ao longo das décadas no mundo. Entre os temas abordados nos capítulos estão força e firmeza como princípios políticos entre quilombolas mineiros; repensando o genocídio a partir das terras e das lutas indígenas; enfrentamentos cotidianos ao racismo religioso; a arte, a luta e suas irradiações; e família na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. A coletânea está disponível para download gratuito neste link. Mais informações em matéria no Portal da UFSCar
O antropólogo Piero C. Leirner trata de um tema novo em sua obra, a assim chamada Guerra Híbrida, e o modo que ela está sendo realizada no Brasil. Não se trata de uma “guerra clássica”, com fogo, mas de uma guerra que visa sobretudo a captura e neutralização de mentes. Suas “bombas” são antes de tudo informacionais, visam causar dissonâncias cognitivas e induzir as pessoas a vieses comportamentais: percepção, decisão e ação passam a trabalhar a favor de quem ataca. Seu objetivo último é o que se chama nas teorias desse tipo de guerra de uma “dominação de espectro total”. Essa ideia de “totalidade” está no âmago da Guerra Híbrida: não há mais a separação entre guerra e política, ou “tempo de guerra/tempo de paz”; todos passam a ser, voluntária ou involuntariamente, combatentes; e não se vê exatamente nem seu princípio, nem seu fim. A hipótese central aqui levantada é que o Brasil foi, e é, um laboratório onde este modelo foi aplicado. O caso aqui estudado leva a um dos protagonistas principais desta forma de guerra e sua estratégia: um certo grupo de militares, operações psicológicas e o modo como isso se disseminou na política. O resultado, que vai muito além da eleição de 2018, é a dissonância generalizada que impera no Brasil hoje, que aqui segue um dos conceitos centrais da Guerra Híbrida – a cismogênese, ou seja, a criação de divisões sociais com o objetivo de impossibilidade qualquer pacto social. O livro foi publicado pela editora Alameda.